terça-feira, 8 de novembro de 2016

Não Precisamos Ser Rima! E Ser Feliz Pode Não Ser Sua Sina: É Sua Escolha!

Todos sabem, que levo uma vida de Treta, ela treta comigo e cada vez mais das formas mais inusitadas. As vezes dói, tombos reais e aquelas rasteiras da vida, mas de certa maneira me reinvento, me levanto, e continuo.
Mas as tantas cicatrizes, tanto as físicas quanto as invisíveis, me fizeram parar para refletir sobre uma verdade, não sou a única. Cada qual e cada um, leva sua porção treta pela vida afora.
Aqui, agora, outrora, ou qualquer dia desses, é nossa luta diária, nosso teste, nossas histórias, mas principalmente, o que faremos delas?
Somos cobrados a um modelo pré estabelecido em em nome da busca pela felicidade, deixamos passar momentos felizes, deixamos de perceber possibilidades. Porque devemos ser, e devemos ser, e devemos... Uma profissão gratificante e bem remunerada, um casamento com a tal tampa da panela, filhos que muitas vezes não sabemos cuidar, mas devemos... E o poder acachapante da cobrança midiática, o corpo perfeito, alimentação saudável, amigos de propaganda de cerveja, família da margarina, adolescente de malhação.
Eu sendo o avesso do pré estabelecido, não me inseri em nenhum desses contextos e hoje sofro por isso. Acho que deve ser gratificante um relacionamento bacana, o formar uma família, sonho em ter um filho, não condeno de modo algum esse modelo. Só que talvez tenha que ser apenas, um estado natural, sem cobrança ou dívida, talvez uma dádiva, mas que traga, verdadeiramente, momentos de alegria, porque ser feliz o tempo todo não nos daria o necessário para distingui-lo e assim valoriza-lo.
Conheci uma pessoa ha algum tempo, estranhamente viu em mim coisas que achei que só eu via, e tememos ser soberbos, ou eu pelo menos. Não via só qualidades, mas valorizava meus defeitos, como se fosse mais do que possível vencer meus medos, prestativo, carinhoso, generoso, paciente, educado. O príncipe encantado que lógico a criatura aqui sendo Treta, se assustou, fez tudo errado, subiu na caixinha de fósforo, negou o melhor de si, se mostrou chatérrima, e tomou a sua parte, o desencanto.
Entendi, porque descortinou-se o véu que me vestia e se tornou visível, o quanto havia perdido. Não digo que esse boy representava a perfeição, longe disso, na verdade nem sei se posso dizer se realmente o conheci e também tinha defeitos, o que está tudo bem, nunca me apeteceu a perfeição de ninguém, apenas tinha nele coisas que são minhas, que gosto e Afe! Me estendendo a mão: vem eu te ajudo! Um conforto que imploro aos Deuses. Mah lógico, espantei o boy em questão, não soube enxergar, não prestei atenção e não dei a atenção merecida. Não soube ser quem sempre fui e deixei que o encanto inicial fosse quebrado.
Mais espantada ainda, em saber que talvez tenha provocado o que mais temo, raiva, se for ainda agradeço, talvez seja indiferença, realmente dessa vez não compreendo.
Deixei aquele instante de chatice, que nunca foi minha praia, entrei na masmorra do castelo e chorei durante dias, até me ver de verdade diante da brevidade da vida, sofrendo uma convulsão no transito que me fez "acordar": gosto da vida, quero ficar. To bem agora, me cuidando, buscando a minha verdade, ainda que saiba que guardarei esse filete de tristeza, pelo desprezo, por não poder me defender, por não saber o que fiz e não ter mais o que fazer. Já cansei de ler sobre perdão, e segundas chances, acho que minha porção Treta, não irá me dar condição.
A verdade é que não sabemos, o que o futuro destino nos reserva, que sirva de alerta, não devemos, mas podemos, por escolha, por opção, sou estabanada e deixo de prestar atenção.
A escolha pode e deve ser nossa, e espero de verdade que cada um de nós possa ter a chance ao que houver de melhor, sei que "escolhi" minha dor, e que permiti que hoje alguém me tenha ogiriza, ou rancor, que ironia sou toda feita de amor.
Portanto, desejo a todos a melhor de todas as descobertas, que não façam o que fiz, e que não devam, mas possam ter da vida o máximo de estar feliz! E que saibam reconhece-la, para que não as percam. Faço disso minha prece, uma oração. Mereçam e não se percam, e por favor reconheçam se lhes forem estendida, segurem "naquela mão". E deem o que tiverem de melhor.

Beijos de Luz
Dona Treta  

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