sábado, 12 de novembro de 2016

"EU SÓ QUERO AMAR"

Ando percebendo, lendo, conversando, observando, uma galera se sentindo só, solidão amorosa mesmo. As vezes escuto também pessoas acompanhadas dizendo que sentem falta da "liberdade" de ser sozinho, e imagino que deva bater de vez em quando. Ao mesmo tempo venho de uma sociedade que dita o ápice da felicidade como tendo encontrado sua "cara metade". Não vou discorrer sobre se de fato é uma necessidade, ou se foi aprendido, só dizer, de verdade o que sinto. E sinto falta dessa "cara" aí.
Posso dizer que não estou solteira, porque na verdade acho que sempre fui, já falei muito por aqui sobre o desastre que é minha vida amorosa.
O fato é que o solteiro pode ser livre, mas, sera? Sempre? Digo por mim que nem sempre, digo que diversas vezes sinto falta de ter para quem dar um bom dia, de mandar uma poesia, digo que sinto saudades de poder sonhar, fazer planos, que só poderia estando acompanhada, digo que gostaria de dividir uma música, uma comida, uma aventura e mais do que tudo, sinto falta de me sentir segura, tendo quem me proteja, me prometa, me cuide, faça com que me sinta desejada, amada, só isso, basiquinho, coisa pouca, quase nada....
Ou como hoje, gostaria de assistir uma peça, quero ver um filme no cinema, quero dividir uma dúvida polêmica, sim sou livre, mas nada dessas coisas me apetecem fazer sozinha, e muitas delas não tenho nem como, não vou mandar poesia amorosa pra amigo, nem mirabolar um programa picante, então na verdade sera que sou? Assim tão livre?
Eu sei que devemos nos amar acima de tudo, e nos escolher, e juro, tenho feito grandes esforços nesse sentido, mas ir sozinha... Acho que me sentiria  triste e vazia. Não ter com quem comentar uma cena, ou rir junto no cinema... Gostaria muito, de ter  um porto seguro quando fosse longe demais, um lugar para onde voltar e aquele em que gostaria de estar.
Tenho muitos amigos, gosto deles por perto, mas, tem dias em que dividir um cobertor era tudo o que precisava, assistir filme de terror (que tenho medo de ver sozinha), e lógico e não menos importante, a delícia do sexo, o ápice de uma cumplicidade, e é gostoso, não há como negar, venho de uma geração que associou sexo com amar. Daí...
Me dizem: pare de querer, deixe de esperar, e paro e deixo e por vezes chego a não querer, mas, tem dias, como hoje, que nada substituiria, as delicias de uma boa companhia.
Sou por natureza divertida, sei fazer piada com a vida, sou mais do que prestativa, mas sou ser humano bicho burro que erra, e eis que é nesse quesito que moram meus maiores desacertos e alguns arrependimentos. Escolhas erronias, algumas assertivas em que eu me perco, troco os pés pelo joelho e faço tudo errado. No fim das tantas contas, mais uma vez me vejo assim, aqui, querendo o que não tenho, querendo um companheiro para dividir o bom e o mal da vida, para acolher e ser acolhida e para ir comigo assistir a peça e ver o filme, pra me dar um abraço apertado e ser capaz de me amar. Não é difícil eu juro, só preciso parar de errar.
Quebrar essa maldição, sei o tanto que posso dar se tiver o sim ao invés do não.
Será que tem jeito, será que essa Treta aqui tem conserto?
E a pergunta, que insiste em não calar: Cadê Mozão? Eis a questão.
Estou aqui, "facim" de me achar! Me de uma chance coração? Me de a chance de amar!

4 comentários:

  1. Menina, Voce escreve muito, muito bem. Foi bom te achar. A quase solidão também é minha companheira.
    Tchau mulher-gato. Outra hora converso com Você.
    Jose Carlos - Capelista de Curitiba

    ResponderExcluir
  2. Oi beleza, os políticos te reprovam, inclusive pelo uso incorreto da língua portuguesa.
    Voce suprimiu uma letra 'm' muito preciosa para eles, pois eles querem é "m"amar"...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O meu amor não tem planos ele seguem andando comigo mesmo,amando a mim mesmo.não reconheço amores roubados que me fizeram chorar enfim recuperados ��.

      Excluir