sábado, 12 de novembro de 2016

"EU SÓ QUERO AMAR"

Ando percebendo, lendo, conversando, observando, uma galera se sentindo só, solidão amorosa mesmo. As vezes escuto também pessoas acompanhadas dizendo que sentem falta da "liberdade" de ser sozinho, e imagino que deva bater de vez em quando. Ao mesmo tempo venho de uma sociedade que dita o ápice da felicidade como tendo encontrado sua "cara metade". Não vou discorrer sobre se de fato é uma necessidade, ou se foi aprendido, só dizer, de verdade o que sinto. E sinto falta dessa "cara" aí.
Posso dizer que não estou solteira, porque na verdade acho que sempre fui, já falei muito por aqui sobre o desastre que é minha vida amorosa.
O fato é que o solteiro pode ser livre, mas, sera? Sempre? Digo por mim que nem sempre, digo que diversas vezes sinto falta de ter para quem dar um bom dia, de mandar uma poesia, digo que sinto saudades de poder sonhar, fazer planos, que só poderia estando acompanhada, digo que gostaria de dividir uma música, uma comida, uma aventura e mais do que tudo, sinto falta de me sentir segura, tendo quem me proteja, me prometa, me cuide, faça com que me sinta desejada, amada, só isso, basiquinho, coisa pouca, quase nada....
Ou como hoje, gostaria de assistir uma peça, quero ver um filme no cinema, quero dividir uma dúvida polêmica, sim sou livre, mas nada dessas coisas me apetecem fazer sozinha, e muitas delas não tenho nem como, não vou mandar poesia amorosa pra amigo, nem mirabolar um programa picante, então na verdade sera que sou? Assim tão livre?
Eu sei que devemos nos amar acima de tudo, e nos escolher, e juro, tenho feito grandes esforços nesse sentido, mas ir sozinha... Acho que me sentiria  triste e vazia. Não ter com quem comentar uma cena, ou rir junto no cinema... Gostaria muito, de ter  um porto seguro quando fosse longe demais, um lugar para onde voltar e aquele em que gostaria de estar.
Tenho muitos amigos, gosto deles por perto, mas, tem dias em que dividir um cobertor era tudo o que precisava, assistir filme de terror (que tenho medo de ver sozinha), e lógico e não menos importante, a delícia do sexo, o ápice de uma cumplicidade, e é gostoso, não há como negar, venho de uma geração que associou sexo com amar. Daí...
Me dizem: pare de querer, deixe de esperar, e paro e deixo e por vezes chego a não querer, mas, tem dias, como hoje, que nada substituiria, as delicias de uma boa companhia.
Sou por natureza divertida, sei fazer piada com a vida, sou mais do que prestativa, mas sou ser humano bicho burro que erra, e eis que é nesse quesito que moram meus maiores desacertos e alguns arrependimentos. Escolhas erronias, algumas assertivas em que eu me perco, troco os pés pelo joelho e faço tudo errado. No fim das tantas contas, mais uma vez me vejo assim, aqui, querendo o que não tenho, querendo um companheiro para dividir o bom e o mal da vida, para acolher e ser acolhida e para ir comigo assistir a peça e ver o filme, pra me dar um abraço apertado e ser capaz de me amar. Não é difícil eu juro, só preciso parar de errar.
Quebrar essa maldição, sei o tanto que posso dar se tiver o sim ao invés do não.
Será que tem jeito, será que essa Treta aqui tem conserto?
E a pergunta, que insiste em não calar: Cadê Mozão? Eis a questão.
Estou aqui, "facim" de me achar! Me de uma chance coração? Me de a chance de amar!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Não Precisamos Ser Rima! E Ser Feliz Pode Não Ser Sua Sina: É Sua Escolha!

Todos sabem, que levo uma vida de Treta, ela treta comigo e cada vez mais das formas mais inusitadas. As vezes dói, tombos reais e aquelas rasteiras da vida, mas de certa maneira me reinvento, me levanto, e continuo.
Mas as tantas cicatrizes, tanto as físicas quanto as invisíveis, me fizeram parar para refletir sobre uma verdade, não sou a única. Cada qual e cada um, leva sua porção treta pela vida afora.
Aqui, agora, outrora, ou qualquer dia desses, é nossa luta diária, nosso teste, nossas histórias, mas principalmente, o que faremos delas?
Somos cobrados a um modelo pré estabelecido em em nome da busca pela felicidade, deixamos passar momentos felizes, deixamos de perceber possibilidades. Porque devemos ser, e devemos ser, e devemos... Uma profissão gratificante e bem remunerada, um casamento com a tal tampa da panela, filhos que muitas vezes não sabemos cuidar, mas devemos... E o poder acachapante da cobrança midiática, o corpo perfeito, alimentação saudável, amigos de propaganda de cerveja, família da margarina, adolescente de malhação.
Eu sendo o avesso do pré estabelecido, não me inseri em nenhum desses contextos e hoje sofro por isso. Acho que deve ser gratificante um relacionamento bacana, o formar uma família, sonho em ter um filho, não condeno de modo algum esse modelo. Só que talvez tenha que ser apenas, um estado natural, sem cobrança ou dívida, talvez uma dádiva, mas que traga, verdadeiramente, momentos de alegria, porque ser feliz o tempo todo não nos daria o necessário para distingui-lo e assim valoriza-lo.
Conheci uma pessoa ha algum tempo, estranhamente viu em mim coisas que achei que só eu via, e tememos ser soberbos, ou eu pelo menos. Não via só qualidades, mas valorizava meus defeitos, como se fosse mais do que possível vencer meus medos, prestativo, carinhoso, generoso, paciente, educado. O príncipe encantado que lógico a criatura aqui sendo Treta, se assustou, fez tudo errado, subiu na caixinha de fósforo, negou o melhor de si, se mostrou chatérrima, e tomou a sua parte, o desencanto.
Entendi, porque descortinou-se o véu que me vestia e se tornou visível, o quanto havia perdido. Não digo que esse boy representava a perfeição, longe disso, na verdade nem sei se posso dizer se realmente o conheci e também tinha defeitos, o que está tudo bem, nunca me apeteceu a perfeição de ninguém, apenas tinha nele coisas que são minhas, que gosto e Afe! Me estendendo a mão: vem eu te ajudo! Um conforto que imploro aos Deuses. Mah lógico, espantei o boy em questão, não soube enxergar, não prestei atenção e não dei a atenção merecida. Não soube ser quem sempre fui e deixei que o encanto inicial fosse quebrado.
Mais espantada ainda, em saber que talvez tenha provocado o que mais temo, raiva, se for ainda agradeço, talvez seja indiferença, realmente dessa vez não compreendo.
Deixei aquele instante de chatice, que nunca foi minha praia, entrei na masmorra do castelo e chorei durante dias, até me ver de verdade diante da brevidade da vida, sofrendo uma convulsão no transito que me fez "acordar": gosto da vida, quero ficar. To bem agora, me cuidando, buscando a minha verdade, ainda que saiba que guardarei esse filete de tristeza, pelo desprezo, por não poder me defender, por não saber o que fiz e não ter mais o que fazer. Já cansei de ler sobre perdão, e segundas chances, acho que minha porção Treta, não irá me dar condição.
A verdade é que não sabemos, o que o futuro destino nos reserva, que sirva de alerta, não devemos, mas podemos, por escolha, por opção, sou estabanada e deixo de prestar atenção.
A escolha pode e deve ser nossa, e espero de verdade que cada um de nós possa ter a chance ao que houver de melhor, sei que "escolhi" minha dor, e que permiti que hoje alguém me tenha ogiriza, ou rancor, que ironia sou toda feita de amor.
Portanto, desejo a todos a melhor de todas as descobertas, que não façam o que fiz, e que não devam, mas possam ter da vida o máximo de estar feliz! E que saibam reconhece-la, para que não as percam. Faço disso minha prece, uma oração. Mereçam e não se percam, e por favor reconheçam se lhes forem estendida, segurem "naquela mão". E deem o que tiverem de melhor.

Beijos de Luz
Dona Treta  

domingo, 6 de novembro de 2016

Extra! Extra! Texto Divino de uma Treta única! Recomendo!!!

(Escrito por Taise Muniz Romanelli Nogueira)
Salve, salve insones e leitores diurnos!
E a quem interessar possa.
Aquela madrugada em que os pensamentos não dão paz. O corpo e a mente pedem descanso, mas os acontecimentos recentes teimam em dançar animadamente.
Não é preocupação. Longe disso.
É apenas o refletir sobre o bicho homem. O tal do ser humano que se auto intitula "racional"...
É sobre 5 adjetivos comumente usados:
- HUMILDE
- GENTIL
- ARROGANTE
- PREPOTENTE
- MESQUINHO
É pensar no significado de alguns adjetivos e perceber que estão latentes em pessoas muito próximas e que em outros momentos, colocaria minha mão no fogo para defender de qualquer um que caracterizasse maldosamente com esses adjetivos...
Vejo que teria queimaduras graves.
Por outro lado, essa mesma espécie humana também surpreende positivamente. Pessoas que sempre vestiu uma armadura, mostra o seu lado mais valoroso e colorido.
Definitivamente não gosto quando usam a palavra “humilde” para fazer referência a pobreza. Não é esse o real significado. Já entrei em casa pobre habitada por pessoas arrogantes e desrespeitosas. Assim como o contrário já me ocorreu: uma casa extremamente luxuosa cheia de gente humilde e simples.
Aqui nessa vida, não levaremos nada além da nossa evolução (eu acredito, cada qual com sua crença)...
Gentileza REALMENTE gera gentileza. Um “Bom dia”, um sorriso. Simplesmente é lembrar de tratar pessoas como… PESSOAS! Pasmem!
Aquele “blá blá blá” que aprendemos sobre fazer/deixar de fazer com o outro o mesmo que gostaríamos que fosse para si é a mais verdadeira forma de sermos gentis.
Em tempo presente, é cada vez mais raro atitudes e pessoas gentis e verdadeiramente humildes. Até porque, penso eu, é estranho receber… ou alguém discorda? Pense comigo: Quando alguém oferece ajuda para qualquer coisa, a sua primeira reação, tenho certeza, é recusar pois temos aquele mito de que iremos atrapalhar, incomodar. Caramba!!! A pessoa está fazendo uma GENTILEZA! Ofereceu, por que não podemos aceitar sem culpa?
O mundo não é mau, mas está mal educado, arrogante, prepotente, presunçoso. Vivemos em sociedade, precisamos de outras pessoas, PARA ABSOLUTAMENTE TUDO.
Fazer diferente pode e deve começar de imediato: dê bom dia/tarde/noite pro segurança/porteiro que fica no seu prédio/condomínio. Pegue o panfleto da tiazinha no semáforo. Diga “Oi” com um sorriso para a caixa do supermercado.
Garanto que você vai mudar o SEU dia. E pode fazer o bem a outra parte!!!
Mais amor, por favor!
Um ótimo domingo e uma semana abençoada!!!
PS: Abaixo, o significado encontrado no dicionário para as palavras mencionadas.
• HUMILDE
adjetivo de dois gêneros
1. que não é vaidoso, tem ou manifesta a virtude de conhecer suas próprias limitações; modesto.
"o verdadeiro sábio é h."
2. que expressa ou reflete deferência ou submissão.
"modos h."
• GENTIL
adjetivo de dois gêneros
1. de boa linhagem; nobre, fidalgo.
"filho de g. cavaleiro"
2. elegante, garboso, galhardo.
3. que agrada pela delicadeza de sentimentos ou fineza de maneiras; delicado, amável.
"agradeço-lhe as g. palavras"
4. gracioso, mimoso, delicado.
"um rostinho g. e meigo"
5. aprazível, deleitoso, encantador.
"uma moça de voz g. atendeu o telefone"
• ARROGANTE
adjetivo e substantivo de dois gêneros
1. que ou o que arroga.
2. que demonstra arrogância; soberbo, presunçoso.
3. que é insolente, mal-educado, atrevido
• PREPOTENTE
que revela prepotência; despótico, opressor, tirano.
• MESQUINHO
1. demasiadamente agarrado a bens materiais; avaro, sovina.
"velho m."
2. desprezível, parco, parcimonioso.
"esmola m."
3. escasso de recursos; pobre, medíocre.
"vida m."
4. falto de grandeza, de magnanimidade.
"sentimentos m."
5. que demonstra estreiteza de espírito e de visão.
"atitude m."
6. insignificante, ordinário, reles.
"moradia m."
Dedicado especialmente aos amigos marcados... Sempre me incentivaram a redigir e nunca desacreditaram do meu potencial com as letras. Obrigada.

sábado, 1 de outubro de 2016

MELHOR DO QUE BRIDGET JONES! O FINAL É BEM MAIS INUSITADO!

Eu aprendi na psicologia que o contrário do amor não é o ódio, mas, a indiferença e pasmem! Estou sentindo na pele, na alma, no coração, dói até pensamento.
Não é nem preciso dizer porque a tonta não se contém em autocontrole e já veio aqui nessa terra de ninguém e postou umas 15 coisas mostrando, dizendo e até pressentindo que levaria o toco número 7856478984783 e mais cem.
Eu sei, já me aconselharam, não se exponha demais por aqui. A Treta até pode, mas cuidado com a criadora, são quase siamesas, mas hoje, como estou submersa na m... vou me permitir mais essa "arte" essa proeza.
Pois é, me dizem que sou atriz, mas na verdade sou arteira, assim como não sou jornalista, jornaleira, e definitivamente, completamente, absolutamente e absurdamente toda cagada de urubu de azar no amor.
E como agora sei que o contrário do amor é a indiferença, descobri que até nisso tem algo de errado, não sei ser indiferente, a absolutamente nada, toda cagada já disse. Ao invés de amar subo no salto, ao invés de me conformar vou a luta, ao invés de ignorar fico puta. E sinto agora o que? Ódio! To garrada no ódio, ódio do tempo, ódio dos casais felizes, até dos infelizes, parem pelo menos são casal,ódio das ex namoradas que não sou eu, ódio do sol, ódio da lua, ódio dessa cama, ódio da rua, ódio do tempo, aaaah ódio, ódio do vento, ódio de mim, ódio do ódio, simples assim, odeio.
Passei uma vida, porque ódio de ter envelhecido também, procurando o tal do “amor”, mozim, mozão, sininho e coração, não existeeeee.
Mas como assim? Você não pode desistir, tem que acreditar, acreditar em que gente?
Acabei de acreditar em mil poesias, todo santo dia, bom dia, como você me faz feliz...
Amarga ilusão, tem nada de doce não, desce queimando a garganta, ai que ódio.
Acreditei tanto que não me senti ameaçada e o que a idiota fez com tudo isso? Nada, ou melhor, tudo de errado, se estabacou, teve crise, deu piti, deu ataque, não deu, se lascou se fudeu. Eu!
Ódio, porque sempre faço o contrário, me esforço, me desdobro em agrados, dessa vez não, pé no saco, deve ser castigo, porque de verdade, dessa vez nem eu ficaria comigo.
Daí acontece que quando você perde alguém, do nada, o universo do mal acende uma lanterna na sua cara e te faz enxergar tudo e você começa a reler as declarações, suas falas e subitamente a magia acontece, só que agora é tarde demais. Daí o que você faz. Ruuun Treta, ruuun, a gente só corre mais quando o lenço está atrás então: “lenço atrás, corre mais”, ficou pra trás corre mais ainda. E recebe de volta a indiferença. Que é o que? O contrário do amor, não tem ódio nem rancor, o que aceitaria de bom grado, tem mão na cabeça e por favor me deixe em paz. Obrigado. Paz? Você levou a minha! Devolveeeeeee...
O pior é que além da dor lascinante vem aquele que de humilhação, me humilhei e não queria o que? Queria na verdade uma nova chance, queria mais alguns instantes, queria poder voltar o tempo, queria reconhecimento, queria mostrar que sei e gosto, mas agora não posso, fazer, mais, nada. E o nada é tudo o que me resta.
Desistindo, não acredito mais em contos de fadas, gnomos duendes, mais nada, e definitivamente, que alguém um dia possa amar essa Treta. O tempo vai passar, ainda vou sofrer engolindo choros e sapos, mas beijá-los nunca mais, se os beijo viram príncipe, mas não me fazem princesa, vou ser a irmã feia vendo a Cinderela com seu sapatinho de cristal a realizar o sonho, que tornei real a ela, talvez meu complexo de tartaruga, seja também o de Cinderela.
Mas o dia em que sentir que recuperei minha dignidade, vou guardá-la a sete chaves. Porque eu a perco demais. Não espero mais muito de nada, verdade, só um pouquinho de paz.
Porque nos filmes dão certo se a pessoa se “toca” e corre atrás do amor perdido? Provavelmente porque pra Treta é vetado, proibido. A arte imita a vida e a vida imita a arte, mas a vida treta com a treta e é desse elenco que ela faz parte. A Treta se lasca toda, só pra depois dar risada, e assim será pra sempre, para sempre será sempre assim... Palhaçada e...
Fim.




quarta-feira, 28 de setembro de 2016

AS CINCO FASES DO MEU LUTO

A Negação: Estava quieta no meu canto, vivendo minhas coisas de Treta, nem sempre a mais feliz das criaturas, mas também a não mais insegura. Apenas uma pessoa existindo, indo e vindo, com seus sonhos, seus medos, as pequenas porções de felicidades, erros, defeitos, desejos e vontades.
Recebo um convite inusitado, por ser sempre agradável, respondo com atenção e deste pedido vieram tantos outros a me fazer estranhar tanto carinho, ao ponto de me incomodar tanta emoção.
Agora que tudo é passado, não sei responder se o fato de ter sido tratada de maneira tão honrosa, não devia ter me feito mais cuidadosa. Talvez, quem sabe, se tivesse existido em mim, um "cadico" a mais de maturidade, um pouquinho mais de atenção, muito mais de sim, menos do não.
Hoje me sobra em saudade e culpa, e a necessidade de poder voltar o tempo, ou quem sabe acelera-lo, para não mais assim sentir, ou quem sabe, olhando com mais atenção, pudesse transforma-lo, modificando também meu coração.
Realmente não há como mandar no que se sente, mas poderia ter sido, então, diferente? Jamais vou poder saber, não há como retroceder. Também vou ter que esperar, não tenho como acelerar e fazer passar essa dor. Vou ter que morrer de culpa, já que não se morre de amor.
Não dói só o que deixei de fazer, mas o que poderia ter sido, o que me foi prometido, uma edificação. Meus sonhos, um futuro em sua realização. E a certeza de um erro, que poderia ter sido evitado. Do abraço que foi deixado de lado, da atenção que não soube dar, da minha incapacidade e paralisia diante da possibilidade de amar.
A Raiva: Como acho que não sei o que é esse sentir, diria que é indignação, não percebi, segura de si, na cegueira da visão que estava se esvaindo, me escapando pelas mãos. Eu tinha ali uma escolha, e decidi não me entregar e permiti um recordar, não acreditei que fosse possível, me achei insubstituível e brinquei com verdades da vida, não notei que havia sido escolhida e que isso merecia cuidado, por isso não notei a ronda do passado. Foi mais do que heresia, foi um pecado e não consigo me perdoar, dói demais ter sido amada e não ter podido enxergar.
A Barganha: É o que não posso fazer, quem nunca soube ganhar, precisa aprender a perder. Trocaria todos esses dias por aquele em que começou. Não daria chances para o nada e seria muito mais amor. Mas, agora nada mais tenho para dar, porque foi indeferido, e não tenho mais direito a pedidos, nem um: deixa eu me apaixonar?
Depressão: É a dor que fica aqui, nadando dentro da gente, se fazendo presente e constante, um fantasma a nos assombrar. É o que sobra em saudade, pois é tão fácil se acostumar. É não ter mais um sentido, um amigo alguém com quem se possa contar. É a falta de coragem, vontade, verdade é o nada a te identificar. É esperar o tempo, idiota de tempo que teima em devagar passar, não, passar, não passar, não passar...
A aceitação: Finalmente abrirão as cortinas, dos palcos, ou de uma janela da vida. Pode sair da coxia, ou detrás do sofá de onde esteve escondida e se lançar outra vez pela vida, outra vez, mesmo não sendo aplaudida, agora já sabe o que foi, o que fez. Já sabe que falta um pedaço e todo um espetáculo a representar. Já decorou suas falas, já sabe sua posição, aprendeu com certeza outra lição e teve a dor do sim que virou não. O que morreu não ressuscita, nos ensina, aceite ser sua sina ou tente mudar seu destino. Caminhando se constrói o caminho e sabemos que o inevitável é a morte dos sonhos, do corpo, da vida. E a semente que germina quando outra vez a cortina se fechar. Aceitar é um apreço, pode ser um recomeço ou um eterno recordar.
  

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

TRETANDO COM A SOLIDÃO

Só sei viver no intensamente, dividir sempre, um sanduíche, a última cerveja, ou um pedaço de pão. Por inteiro, ofereço meu coração. As vezes confuso e machucado, mas nunca distante, daquele que nele faz morada constante. Não gosto de ver o "sofrer" e sempre acho que posso fazer, nem sempre consigo, mas nunca desisto.
Não sou palhaço, mas sei saber se-lo, não por profunda felicidade, as vezes por dor ou, intuição e saudade... Muita, do que poderia ter sido. Não sou, não tenho, apenas existo.
Maluca? De pedra, e quem terá a coragem de atirar alguma? Estamos todos nesse "manicômio", somos todos, em estado e suma.
Não me escondo nem desapareço, mas pago um alto preço por ser quem sou. Sou devedora por disseminar amor. E se devo, não nego e sempre pagarei guando puder, estou aberta ao que der, a quem vier e interessar possa, nada será coisa só minha, tudo serão, a partir de então, coisas nossas.
Defeitos muitos tenho, medo do medo medonho, colecionadora de sonhos, solicitude em demasia, resignação, não sei ouvir e morro um pouco em dizer não.
Exagerada, a "Negra drama", fazer piada do que machucou, fazer piada pra esconder a dor.
Eis o que sou! Eis o que estou!
E apesar e além, e "sobre tudo", tenho por companheira a solidão é por ela que mais choro ( e olha que o choro é livre), e é ela a me rondar, com seu beijo de Judas, me faz querer gritar: ajuda!
De certa forma me faz companhia, que ironia, e danço com ela meu pas de deux, estou a sua mercê. Por ser inevitável um dia, quem sabe a aceitação. Por mais que se seja Dona da Treta, ainda não sei "tretar" com a solidão.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

E O PALHAÇO O QUE É?

Sempre almejei a magia do amor correspondido, Fantasie rostos, personalidades, paixões arrebatadoras, ou encontro de almas. O que sempre me atraiu em alguém? Ah o irreverente, o inusitado, aquela pessoa que espirituosamente me salvaria em gargalhadas, nada disso existiu é fato. Frase da vida: "vou namorar um palhaço". Como faço? Mas palhaços possuem um que de tristeza. É rir de si mesmo, sei porque estou descobrindo quem é a Dona Treta agora. O gato bebe leite, o rato come queijo.... Acho que sou palhaço, o que faço?.
Não sei se conseguirei passar por cima dos meus pavores, e desengavetar tantos sonhos, tontos sonhos, alguns, tão perto agora, quebrando o que chamava de maldições. Mas, por vezes tão distante das minhas antigas idealizações.
Me distanciei demais, daqueles que ficaram "embolorando na gaveta do quem sabe um dia". Hoje tenho como meta, uma profissão linda, dolorosa, que me desafia. Ela não é mais um alienígena, que despencou sem para quedas no meu colo. Tampouco é aquela delícia gostosa, ela por vezes me embala e me deu sentido a vida .Mas não é como um dia sonhei, colorida. Ela faz com que algo eu faça, ela me desafia a matar todos os dias, meus monstros internos, é meu céu, é meu inferno.
E tão distante de tudo o que achei que fosse ser, pudesse ter, fazer, acontecer. Não sei se me rebelo, não sei se espero, não sei muito o que fazer. Está sendo feito, e a despeito, não me desfaço. Só questiono: estou feliz com esse abraço? E agora? Que de verdade encontrei meu palhaço, não um mas, dois, minha Treta, um outro que por vezes não sei quem é. "E agora José"? "Hoje tem gargalhada"? 
"Tem não senhor"! "E o palhaço o que é"? 
Mais uma vez a deriva, e sem uma piada sequer. Quero levar a vida a sério, mas sem austeridade, por favor, e preciso daquela leveza necessária para fazer as coisas serem minhas, para me fazer explícita, para ser protagonista, ao menos da minha própria dor, amar, amor. Preciso daquela gargalhada, ainda que ame e me sinta amada, preciso dela para guardar na memória, quando a vida me deixar triste, preciso me acabar em chiste, senão perco o tesão da existência, não quero preencher, quero transbordar, não quero me conformar, quero ser e estar. A Treta não espera, caí, sempre, tropeça, levanta e segue na correnteza da incerteza, mas jamais escondida, nunca séria, sempre descabelada, por vezes assustada, mas ela, ela se acaba em gargalhada.
É possível assim, sentir saudades de mim? Daquilo que nunca foi, do que poderia ter sido. É Possível sentir falta daquilo que não foi vivido? 
E o palhaço o que é?

domingo, 7 de agosto de 2016

"I figured out, I Love you"

É dialético e paradoxal. é estar em dois estados ao mesmo tempo, o geográfico e o de alma, é enxergar sem ver, é o ser ou não ser mais nunca foi uma questão, um não dizendo sim, um sim dizendo não, é nunca tomar uma decisão. Um misturar zodiacal, nadar entre univitelinos, e é divino.
É o temor da perda, da egressão, em vias de desespero, é a total incompreensão, pois não faz sentido, por que dói tanto ter de deixar de ser. E ser o que? Acho que nunca será compreendido.
Como ou quando imaginaria, andei por tantos caminhos, já me arrolei em tantas vivências, já perdi as contas dessas experiências. Dos capotes que levei, e de quantas vezes me levantei, envergonhada, toda lesionada, limpando a sujeira da ferida, ganhando mais uma cicatriz, a tatuar o que é incessante, é vida que segue, é ir adiante. O alçar sobre-humano, extenuada, me impressiono, pois quando tenho a certeza de que não vou aguentar mais nada, me arrimo mesmo sabendo que serei derrotada.
E no meio desse caminho, insano e tortuoso, algo no universo me proporciona um encontro, que me faz quebrar paradigmas, que desmorona as minhas defesas, que traz o que de pior e melhor habita em mim. Alguém que é meu inversamente proporcional, que é tão bom e tão ruim, meu bem, meu mal e as vezes tão igual que até assusta.
Ele é minha desventura, minha loucura, meu deleite e minha maldição. Pois eis que ela se concretiza, e a treta preenche mais um coração, que absurdo. Lógico, olhando pela janelinha, praticamente sem batimentos cardíacos, feliz e infeliz ao mesmo tempo. Inverosímel, minha anuência é realmente coisa de outro mundo.
E gostaria de ir para lá agora, sair desse planeta de onde caí sem para quedas, em  terras estranhas, com o peito aberto e o coração partido, colecionando destroços, tentando colar pedacinhos de sonhos. Mas me salvaguardando dizendo que: enquanto alguém for feliz, e se tiver ao menos um toque dessa ferramenta extraterrestre, conhecida por minha força propulsora de realizar desejos, sou um cadico de felicidade, e por isso não preciso mais ter medo. E por isso, não importa o que almejo.
Ele me ensinou que sou mais forte do que imaginava, que meu egoismo perde para a generosidade, que minha tristeza não vence minha resiliência, Que talvez nessa vida, minha missão será cumprida, ainda que as custas da minha própria dor. Porque ele me mostrou que muito além de ser Dona Treta, eu sou muito, muito mais amor.


sábado, 6 de agosto de 2016

Quem Escolheu? Ah! Eh! Fui Eu!

Abri a página do blog que me pertence, porque um dia resolvi que ele existiria, e juro, tenho tanto a declarar que as vezes me calo. Quero a Treta com sua veia cômica, com sua esperança idiota da vida, quero ela com esse texto quase sempre infantilizado, mas fiel ao que nos conecta, nos identifica. A vida treta com a Treta e a Treta treta com a vida. A dela e a de quem ousar possa. Mas a Dona da dona esqueceu dessa aposta, não se lembrava mais que ela surgiu do desprendimento, da não edição, do erro, do medo de ser julgada. E se for, "nem da nada", porque ela aceita, faz a cama e deita, porque ela é a Dona Treta.
Hoje tive dois bons reencontros, um amigo, uma antiga paixão, um texto antigo e uma declaração.
A me lembrar que somos mutantes, em eterna transformação. Deixamos algo no caminho, almejamos tanto o que está afronte. Mas, ah! Como é bom parar, no meio desse olhar para o que ficou perdido, pensar no que poderia ter sido, nos perceber no aqui e agora, fruto das escolhas que fiz outrora. E ao amanhã cabe ser decidido, sou eu sempre meu maior inimigo.
Então vou postar um trecho da minha mais bela declaração de amor, não mais recuperarei tanta paixão esse furor, essa energia, essa oração de dor, é o que acho não posso prever, aquele que sabe um dia... sabe todo o alvorecer...

"É realmente como um anjo. É muito mais do que isso. É muito mais do que um apelido que se moldou  à perfeição ao seu dono. Não só a alusão da aparência... Não. É muito mais forte do que tudo isso, é como se o nome tivesse sido tatuado no seu sangue e se misturado ao ser e de ser passou a estar. Celestial, como o azul desses olhos de amargura, mas de infinita coisas belas. E que de tão belas passam a ser raras e por serem raras viram objeto de desejo. De querer... Der muito bem querer... (...)".

Não posso mais do que esse trecho, foi escrito com nome e endereço, respeito. Mas me fez lembrar que hoje sou o que fui ontem e nunca mais serei, porque nada para quieto e tudo nessa torrente se transforma. Só me surpreendi ao perceber tal mutação, porque é sempre uma escolha, a acenar que sim e um dizer que não. Eu me transformei, a Treta tomou conta. Foi minha decisão. Essa declaração, será sempre a mais perfeita. não só porque é linda, não sou modesta, mas porque não sou mais essa, quem um dia a escreveu. Muito mudou, não sou mais "eu." Quem escolheu?? Ah! Eh! Fui Eu!

sábado, 4 de junho de 2016

Quarenta Fatos Aleatórios Sobre Mim: Por Lucas Batata Costa.


Desafiaram-me a dar 40 fatos aleatórios sobre mim:
1. Eu odeio barulho de escapamento de moto. Puta que me pariu.
2. Já virei litrão na mangueira. Com sucesso.
3. Apesar de parecer, eu não sou gay.
4. Toco violão, baixo, guitarra, escaleta e pretendo aprender violino.
5. Todos os instrumentos que toco, aprendi sozinho.
6. Tenho 3 irmãos, sendo eu o único de pai e mãe, 2 por parte de pai e 1 por parte de mãe.
7. Morei 5 anos em Lisboa, Portugal.
8. Peguei o sotaque português do "R" e sou zoado todos os dias por isso.
9. Sou pessimista, pois penso que se algo der errado, já estarei conformado e se algo der certo, é lucro.
10. Sou ateu, extremamente cético. Mas relaxa que não sou um ignorante com a crença dos outros.
11. Já briguei de soco em um shopping.
12. Amo colecionar coisas, como garrafas de cerveja e derrotas.
13. Minha bebida favorita é whisky.
14. Até tomo, mas não gosto de Brahma, Skol, Itaipava, etc. Sou bem fresco quanto a gosto.
15. Tenho minha irmã como se fosse uma filha, de tanto amor.
16. Sou chato. Chatíssimo, autenticado em cartório.
17. Não gosto de abrir mão das coisas, por isso sou MUITO indeciso.
18. Amo músicas antigas, baladinhas 50', boleros, rapaz !
19. Já tive banda e sinto saudades disso até hoje.
20. Sou muito mal resolvido em relacionamentos.
21. Não sei andar de bicicleta.
22. Meu maior relacionamento foi de 1 ano e 3 meses.
23.Normalmente, durmo somente 3h por dia.
24. Sou muito vazio, um som melódico, arrepio e choro me compõem.
25. Minhas bandas preferidas são Green Day, Arctic Monkeys, Misfits e, pasmem, Lana del Rey.
26. Já abri mão de um relacionamento maravilhoso por causa de um vestibular.
27. Tenho um medo muito peculiar que é de patos ou gansos me olharem. Cara, aquilo assusta.
28. Sou exigente demais, em alguns momentos, mais do que deveria.
29. Sou muito inconstante e reconheço que as pessoas não são obrigadas a lidar com isso.
30. Eu tenho dermatite atópica.
31. Não sou fumante e odeio cheiro de cigarro.
32. Acho que o impeachment é golpe.
33. Tenho inglês avançado, e nunca fiz curso.
34. Já cheguei a pesar mais de 90kg.
35. Sou vegetariano. Não, não sou um ruminante e não como capim.
36. Sou muito carente.
37. Chocolate branco, pra mi, é melhor que o preto.
38. Pão, queijo, alface, tomate e maionese compõem o melhor lanche das galáxias.
39. Amo videogame, não fico sem meu FIFA e meu COD.
40. Sem barba pareço um virgem de 15 anos comedor de cheetos.


Lucas Batata Costa


Lucas Batata Costa

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Somos Todos contra 30! Somos o "Início, o fim e o meio"! Sim eu Ainda Creio!

Hoje a Treta acordou doente, com a certeza de que a febre (sem nenhum outro sintoma), e hoje a amígdala inflamada que, ui! "Mereceu" aquela benzetacil "delicinha", foi a somatória de dessabores e decepções sofridas e passadas. Cabe aí traçar um paralelo com a frase: "ela mereceu", que com tristeza li por aí hoje. Somos então merecedores da dor? Da mesma maneira como merecemos ser tratados com maldade, crueldade e covardia? Minha febre foi fruto de uma somatória de indignação, frustração e pesar, em que meu corpo reagiu ao que minha mente não conseguiu elaborar e processar, só por acreditar que esse mundo possa ter se transformado na Terra do EU! O mundo adoeceu?
 Estou de repente a perceber como as pessoas estão preocupadas no ser e no ter, esquecidas do estar, estar presente, estar disponível a olhar e enxergar o outro. 
Hoje, após voltar do hospital, ainda com essa sensação de amargura na alma e estilhaçamento no coração, me deparo com a barbárie da notícia do estupro coletivo sofrido por uma criança, sim, menor de idade... Um ser um humano desconstruído em pleno processo de construção. 
Que tristeza, que lamento, que coisa estranha, que dor tamanha...
E hoje cada vez mais, tenho a completude de perceber que jovens adultos se negam a amadurecer. Senti pena deles ontem... Hoje sinto nojo desses 30 monstros, capazes de cometer tamanha atrocidade. 
É dor no ontem, no agora e no amanhã...
Falo como mulher, como filha, como "mãe" postiça de tantos, como sofri...
Aplaudo, defendo e faço parte do movimento feminista atual, mas hoje, preciso falar não só de nós mulheres, abandonadas, sofridas e merecedoras de seu empoderamento (estarei sempre ao lado de todas as lutas e comemorando cada vitória nossa).
Quero pedir agora a todos e a cada um: olhem para o lado, peço que olhem para o ser humano que estuda com você, aquele ou aquela do trabalho, sua família, seus relacionamentos amorosos ou de afeto e amizade. Se pergunte, apenas por um momento, se existe "vida nesse coração", que estabelece com você relações de troca, ela realmente existe, a troca? Se questione se há algo que você possa fazer por ele ou ela e pense em ajudar, em cuidar, e em proteger.
Olhem, como quem tira uma venda dos olhos e se surpreendam!  
Reflete-se para mim com nitidez um espelho de algo distorcido, onde o ser humano perdeu sua capacidade de "amar o próximo", ele só ama a si mesmo.
"Perdoai-me Pai", mas não há como perdoar agora, há que se falar, há que nos abraçarmos, (como vejo muitas de nós fazermos nesse momento de dor), pelo fim da cultura do estupro, pelo fim da disseminação do EU, somente EU, pelo fim da FALTA de reciprocidade, de cuidado, de afeto, de empatia, de amizade, de respeito e  de amor.
 "Olha como está, sangrando, olha onde o trem passou".
Sim, foi o que disseram os monstros, os bichos, os desumanos. Que estupraram essa menina, que transformaram o resto, do muito dos seus dias, que invadiram seu corpo, sua mente, suas crenças, sua identidade... Por maldade. Por maldade! Por maldade!
 Portanto, faço coro com todas e todos que hoje sangram como ela sangrou: Vamos nos unir e berrar como ela berrou, chorar como ela chorou, sentir raiva como ela sentiu. Só não vamos sentir medo! Agora é hora da luta, da indignação, do luto, do pesar e da dor.
 Mas todos, todos os outros dias de nossas vidas, que seja da proliferação do bem, que seja da disseminação do Amor... 

domingo, 8 de maio de 2016

As Tretas estão Soltas... Protejam-se!!!

As tretas estão soltas, protejam-se, não bebam, e se beber não tecle, aliás não tecle, melhor, mesmo são. Qualquer coisa vai fazer você sentir que foi por sua causa, que todo mundo te despreza, que ta tomando toco, que você é responsável pela terceira guerra mundial, "desaquenda" e vai tomar tequila, ou seja, beba. Mas cuidado, tequila da fogueteirices, beba com moderação.Ou então se esconda em casa, e de si próprio, com as tretas as soltas tudo pode acontecer e você meu amigo, vai ser o responsável pela treta que praticas. Peloamordetodosossantos, não se envolva emocionalmente nessa fase, esqueça, espaireça, vá correr, vá pescar, vá dançar ou tocar ou sei lá, mas sublime, vai ser muita treta qualquer envolvimento nessa fase treta. Porque você vai fazer tretices, e vai se arrepender depois.
Portanto, esqueça se já tava de rolinho, e se estiver em um relacionamento sério, vá viajar por uns dias, fique doente, mas se afaste, as tretas vão rolar no amor. E no amor, "mon amour" as tretas são trevas.
No mais se divirta, a treta gosta da farra, dos roles insanos, dos amigos, de ser feliz. Mas cuidado, a mesma treta que te afaga é a que te faz chorar no outro dia. Esqueça esse whats app peloamordedeus. A treta adora pregar peças nessas fases, ela vai te pregar uma peça nas mensagens e você vai ficar na bad.
Cuidado com: chão escorregadio, celulares, documentos, ruas esburacadas, piscinas vazias. Sim, a treta adora colocar o pezinho pra te ver rolar na chon! Ou fazer você quebrar um objeto, o pé,perder o celular, esquecer a carteira, perder um documento, a dignidade...
Pode ser que, seguindo todos esses conselhos você sobreviva a convenção das tretas e vai, fato, sentir um pouco a falta delas. Afinal, as tretices nos fazem ter histórias pra contar. E é cada uma...

domingo, 24 de abril de 2016

Tão vazia... Trago o seu verdadeiro amor em cinco dias...

Não sei onde fico estou fora de época, de década de lugar. Zé Ramalho me define: "Meus 20 anos de Boy, thats over baby... Freud explicaaaa"... Explica? Me conserta? Skinner resolve? Nunca pedi nada pra vocês! Rs. No fim é na raça, no medo, na vida, na dor... Só gostaria do meu cantinho, de não me sentir tão estranha fora do ninho. De não me culpar por não ser quem deveria, de não me martirizar por querer viver o que não é mais meu... Queria um lugar para chamar de lar para poder ser eu.
To tão perdida... Quero... não posso... faço, gosto, não posso. Sou amiga agora dos meus filhos, mas nenhum deles é de fato meu... E o que sobra é solidão é a definição do se estar sozinho. Os  antigos como eu estão feitos na vida, caminhado na estrada que perdi mas, que deveria ser a minha, casados com filhos e eu? Virei a bruxa que deseja criancinhas Rs! Se afastem de mim quero dizer, é mais seguro pra nós dois, se afastem de mim, nos falamos um dia? Nos falamos depois? To falando sozinha... Não quero mais, eu quero mais... Meu mais é o menos de todos vocês, já fui todas as coisas e de ter sido tudo hoje eu não sou mais nada.
Nada me define...Talvez ser Treta, talvez ela seja quem diga o que realmente sou, atrapalhada, louca, estabanada, sempre apaixonada, nunca escolhida, sempre preterida, até pela vida, que escolheu me "pular", me deixar em stand bay... Deixa essa Treta ai vai... Sem época, sem destino, sem noção. Não quero me sentir envergonhada, arrependida. Eu sou da época em que gente se arrepende e continua com muito pesar no coração. Eu sou a Treta, a besta, a sem explicação. A todos encanta e nunca é de ninguém, distribuindo amores e quase sempre sem...
Marte? Lua? algum sistema ou planeta a me acolher? Sou intensa, complicada, amiga ao extremo de tudo e de qualquer um, sou o cocô do zodíaco, sou do signo de peixes, ascendente em peixes, lua em escorpião, não sei dizer e me dói escutar não.
Completamente perdida, rodeada de gente e sozinha, só não sou mais só porque também sou minha.
Alguém me aninha, alguém me identifique, me diz é aqui maluca que você vai ficar. To cansada de ser a sorte no amor dos outros, trago seu amor verdadeiro em 5 dias. É o suficiente pra ela aparecer só porque "saiu com a Treta". Acho que meu lugar possa ser esse, vou fazer você feliz, e olhar de longe, e torcer e sofrer em silencio, desejando desesperadamente que pudesse ter sido eu.
Continuarei sem estrada, acho que sigo flutuando, de bar, sem par, sem época, nem lugar, de castigo, feliz por todo mundo e, infeliz comigo...

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Depois Daquele Beijo...

Antes daquele beijo não existia nada, nada do que agora existe, antes daquele beijo talvez já me sentisse triste. Se antes era apenas a lembrança de um desejo, um sorriso preso, rindo da memoria insana ,bobo é aquele que se engana... Aquele beijo.... O beijo que não existia, só em minha fantasia, sonhando de noite, imaginando de dia. E representado em coisas boas, que respeito ou admiro, nunca foi só um beijo, era carinho, um bem querer, em me culpar e no brigar comigo mesma, por estar pensando no quanto tinha dele em mim, as vezes assustador. Um espelho com o relexo do outro, um espelho mais bonito, mais novo, não menos dor e lindo, generoso como sempre sonhei em ser... um espelho que reflete o futuro em um passado que não eu nunca mais vou ter...
Antes daquele beijo existia conversa, verdade, cumplicidade, carinho, compreensão, altas risadas, ternura, tristeza, alegria e muita empatia... Antes daquele beijo tudo era perfeito, tudo estava direito e tinha muita verdade em minha fantasia...
Depois daquele beijo... O estranhamento? Não em um primeiro momento... Um afastamento, depois de um tempo... Essa foi uma estranheza... Algo inesperado, talvez o preço a ser pago... Por ter feito o que não devia ter sido feito... Mas durante aquele beijo, eu me senti livre, encantada, eu quis muito mais do que aquele beijo... Eu quis ser escolhida ou desejada...
Mas foi só aquele beijo e mais nada... Antes dele, durante ele e agora depois... Pagarei o peço a ser pago... Sendo Dona Treta na vida. Mas sem arrependimento, não vou me arrepender, vou lamentar, sentir falta e aproveitar a lembrança da verdade. Fiz tudo para anular, quanta bobagem, não vai ser castigo sentir saudade... Não preciso mais ter medo. Foi lindo... Aquele abraço, aqueles olhos, aquele Beijo...

sábado, 2 de abril de 2016

Sofro de TRANSTORNO BIPOLAR! Resolvi falar sobre isso! Um muito obrigada a quem aceitar me escutar.

Vamos adicionar ao caldeirão efervecente da minha vida um pouco da escrita, tendo sido ela referencia do que sou, ou mesmo, fruto de raivas, perfeccionismo desmedido, alegrias, orgulho, vergonha, mas tão minha e mais minha entre o tudo do pouco que agora possuo.
Parei de ler e escrever e era um vício insanamente delicioso... Insana a mente que de repente, como que por encanto e no pesar do pranto, não consegue mais fazer aquilo que melhor fazia antes. Já não dança, não mais escreve, não se perde em personagens de si mesma. Essa  é a maior tristeza. Sem "tons de cinza", descolorida, (des) gostosa já foi a vida?
E eis então, além de ser o maior dos desabafos, de todas as exposições, a minha confissão: EU SOFRO DE UMA PSICOPATOLOGIA CONHECIDA COMO TRANSTORNO BIPOLAR.
E me sinto na responsabilidade, como um ato de cidadania, de explicar do que se trata, para que quem sabe assim, se minimizem os preconceitos. Sim, eles existem e muito. Se a pessoa acometida desse transtorno, já vive em sofrimento, coloque nesse tempero (lembra do caldeirão?) o olhar torto, as falsas verdades, os conselhos carregados de julgamentos, os memes da internet,  confesso que já ri com alguns. Mas, e quem não riu? E quem se magoou,? E quem por conta disso perdeu o pequeno sopro de esperança, conquistado a duras penas com muito medicamento e terapia?
Ano passado em plena sala de aula, (lembrando que estudo psicologia), um professor discursou em alto e bom som sobre como era "horrível" lidar com alguém acometido da bipolaridade, disse, ainda, que preferia lidar com psicopatia a lidar com um bipolar. Me senti um lixo. Tentei entender, porque existem vários graus diferentes da enfermidade. Me entristeceu saber que uma pessoa que supostamente está  preparada para lidar com a dor do outro, diz assim, tão facilmente, com tamanho desdém, a futuros psicólogos, seus alunos, que ser bipolar é "terrível", que  "eles", os bipolares são péssimos... E nos ensinam sobre empatia...Enfim, se o preconceito foi parar nas salas de aula do curso de psicologia, imaginem o desespero...,
Tenho 39 anos, tenho família, amigos, e muita história para contar porque costumo viver intensamente minhas relações de afeto, aquelas que decidimos viver com pessoas queridas por nós. Tenho uma profissão, sou graduada para exerce-la e pelo mérito de ter estudado o tempo exigido e provado, através de meu esforço, que sou apta a exerce-la. Sou jornalista de formação! Apesar de não exercer a profissão atualmente, não deixo, porém, de faze-la por aqui.
Não acordo rindo e dali meia hora estou chorando, como é senso comum ao dizer do "bipolar". Alterno longos períodos depressivos com picos de ansiedade extrema, chamados de mania ou hipomania, que no meu caso duram pouco tempo e não tem nada de legal, nem doidão ou feliz. Se imagine prestes a entrar naquela montanha russa cheia de loopings e aquela sensação de estar subindo bem devagar para uma queda brusca. É essa a sensação, não da queda, nem de estar de ponta cabeça, mas a sensação de pavor e impotência que antecede essa experiencia. É isso que sentimos. E é muito ruim. Ainda que possamos estar mais destemidos, extrovertidos, estamos como bem traduz minha irmã com o "coração galopante", achando que respirar é um fardo porque é muito respirar, é muito pensar é muito ser, é muito tudo.
Isso quando não estamos de cama, sentindo uma angustia desmedida e uma tristeza paralisante. Ela te paralisa, acreditem, tomar banho dói. Isso tudo sem que possamos nos internar para um tratamento, tendo que existir "normalmente" no dia a dia a cumprir um papel que não estamos em condições de que seja feito. Um papel rasgado, pisoteado, amassado, a cada hora, cada minuto, todos os dias.
Mas, ah! Levanta daí, por que você está assim? Vamos sair você melhora! É preguiça! Devia levar uma surra, queria ver se umas chineladas não resolviam. Vai carpir uma data! Isso é falta de pênis, ou de vagina (e estou sendo respeitosa com vocês, porque os termos são bem mais pejorativos). Estes são alguns dizeres "carinhosos" sobre estar muito deprimido, ou no ápice de uma crise de ansiedade, é isso que se diz a alguém que está doente! E aí eu pergunto, ainda que redundante: é isso que se diz a alguém que está doente?
Possuímos cortes invisíveis em partes do corpo, porque pode ser aquela dor no peito, a garganta muito apertada, a hemorragia da alma, ninguém vê, não se examina em máquinas modernas, mas dói tão ou mais do que uma facada no peito, uma doença dolorosa, invisível e que deixa sequelas a cada crise. Passamos mal em silênico, isso quando a coisa não fica psicossomática e os sintomas físicos aparecem também, o rosto "emperebado", 10 kilos a mais, ou a menos, sem sono, sem soro, sem anestesia. Apenas com aquela porção maior e que muitas vezes e infelizmente não é suficiente, mas que seja, sempre, de dizer: eu posso! Eu consigo! Eu não sou. Eu não tenho. Eu apenas estou!
Salve! Mil vezes salve aqueles que fazem do seu oficio o nos ajudar. Aquele alienígena que caiu no meu colo ano passado, chamado psicologia! Você é lindo estrangeiro e sou grata por tudo o que sei que pode fazer por todos nós. Devemos também nos render em homenagem a uma farmacologia cada vez mais eficiente, a nos ajudar a aliviar sintomas, enquanto tentamos entender tudo isso. E entendendo vamos fazendo da dor, menos dor, cada vez menos desamor, cada vez mais inspirador, animador, amar,compreender, amor!