sábado, 6 de agosto de 2016

Quem Escolheu? Ah! Eh! Fui Eu!

Abri a página do blog que me pertence, porque um dia resolvi que ele existiria, e juro, tenho tanto a declarar que as vezes me calo. Quero a Treta com sua veia cômica, com sua esperança idiota da vida, quero ela com esse texto quase sempre infantilizado, mas fiel ao que nos conecta, nos identifica. A vida treta com a Treta e a Treta treta com a vida. A dela e a de quem ousar possa. Mas a Dona da dona esqueceu dessa aposta, não se lembrava mais que ela surgiu do desprendimento, da não edição, do erro, do medo de ser julgada. E se for, "nem da nada", porque ela aceita, faz a cama e deita, porque ela é a Dona Treta.
Hoje tive dois bons reencontros, um amigo, uma antiga paixão, um texto antigo e uma declaração.
A me lembrar que somos mutantes, em eterna transformação. Deixamos algo no caminho, almejamos tanto o que está afronte. Mas, ah! Como é bom parar, no meio desse olhar para o que ficou perdido, pensar no que poderia ter sido, nos perceber no aqui e agora, fruto das escolhas que fiz outrora. E ao amanhã cabe ser decidido, sou eu sempre meu maior inimigo.
Então vou postar um trecho da minha mais bela declaração de amor, não mais recuperarei tanta paixão esse furor, essa energia, essa oração de dor, é o que acho não posso prever, aquele que sabe um dia... sabe todo o alvorecer...

"É realmente como um anjo. É muito mais do que isso. É muito mais do que um apelido que se moldou  à perfeição ao seu dono. Não só a alusão da aparência... Não. É muito mais forte do que tudo isso, é como se o nome tivesse sido tatuado no seu sangue e se misturado ao ser e de ser passou a estar. Celestial, como o azul desses olhos de amargura, mas de infinita coisas belas. E que de tão belas passam a ser raras e por serem raras viram objeto de desejo. De querer... Der muito bem querer... (...)".

Não posso mais do que esse trecho, foi escrito com nome e endereço, respeito. Mas me fez lembrar que hoje sou o que fui ontem e nunca mais serei, porque nada para quieto e tudo nessa torrente se transforma. Só me surpreendi ao perceber tal mutação, porque é sempre uma escolha, a acenar que sim e um dizer que não. Eu me transformei, a Treta tomou conta. Foi minha decisão. Essa declaração, será sempre a mais perfeita. não só porque é linda, não sou modesta, mas porque não sou mais essa, quem um dia a escreveu. Muito mudou, não sou mais "eu." Quem escolheu?? Ah! Eh! Fui Eu!

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