quinta-feira, 30 de julho de 2015

E Meu meu Plano de Comédia Romantica se Transforma em Tragédia Semântica!

A Treta sendo Treta, decidiu após o último toco que não mais iria permitir que seu complexo de tartaruga levasse a melhor. Explicando para quem ainda não sabe, sofro desse mal do mal que se caracteriza por: Toda vez, eu disse toda? Que me interesso por um "boy", outra aparece na jogada, a ex namorada, o grande amor da vida, um E.T, uma viagem, alguém engravida... Enfim, chego atrasada na corrida pelo coração do "boy". Tartaruga lesa! E ele nunca me escolhe.
Aconteceu recentemente e decidi que não! Chega! Não mais! Sou velha mas to na moda, sou interessante que eu sei, tenho zilhões de amigos que me amam, sou divertida e danço bem.
Então dessa vez vai ser diferente, ela apareceu, (porque aparece!), mas ele vai me escolher, nos moldes dos filmes de comédia romântica, em que o cara esta "mega" apaixonado em uma, mas na verdade é com a outra (no caso eu) que ele tem que ficar, porque ela (a outra, EU!) tem tudo muito mais a ver com ele.
A grande questão é que ele ainda não sabe, porque voltando a vida real, a coroa panicat apareceu no meio do lance e você já tinha feito umas "cagadinhas" e ele não teve a chance (ainda) de saber como você é super legal, e tem tudo a ver com ele. Pois é, no meio da investigação que a gente faz, porque faz e (sei que você também já investigou sua rival), descobre que ela é dessas, peitão, malhada, sarada, gostosa e cabelão! Poxa eu estava tãããão xexelenta.
Sem mais delongas vamos aos fatos. Decidi que ele não me escolheu porque não teve a chance, não foi porque o "sapatinho da Cinderela não serviu". Então tinha que fazer com que, ele tirasse aquela impressão da loucura "whatssapiana" que tive, (tive que meleca!) E me enxergasse de alguma maneira. A ideia era bem simples e eu achei sinceramente genial!
Um presente por semana, durante um mês ele receberia. A maioria  deles seriam descomprometedores, nada que dissesse demais, apenas coisas diferentes, inusitadas, ou lindas,
Meu objetivo nunca foi danificar o "loverzinho" do boy. Só queria que... Ao final das quatro semanas, alguma coisa ficasse de: "Caraca" essa menina tem alguma coisa que vale super a pena descobrir o que é!"
Bora por o plano em prática! Comprei um carrossel, pintado a mão, lindo! Um carrossel de caixinha de música. Ah vá! Impossível um ser humano sensível no mundo que não se sentisse tocado com ele e consequentemente comigo.
Jogo a isca: Comprei um presente pra você! Não queria entregar, não que não estivesse doidinha para ver ele de novo. Mas queria mandar, porque exagerei na pegação de pé. Fiz tudo o que não se deve fazer para o sucesso da conquista, insisti, mandei mil "resenhas", fotos, vídeos, tudo.
Iam ser só os presentes agora, Um travesseiro, Um isqueiro, uma música, não pensei em todos, ia depender muito de cada reação. Reação essa que seria ignorada por mim até o fim do ultimo presente, onde receberia minha sentença!
Mas, faltava o endereço, nem todo jornalismo investigativo do mundo conseguia me dar o raio do número da residencia do "boy" em questão. Cheguei a pedir, ele estava reticente, mas disse que buscaria na terça, terça chegou, e nada, mandei whats (Ô tonta), nada. Taaaa... A idiota antecipou um dos presentes antes pensados e mandou um videozinho dançando, ao som de uma banda que ele me apresentou e super curti. Não vale nem mencionar a resposta...
Mas sou brasileira... Contando para uma amiga ela descobre que tem um amigo, super amigo em comum com ele. Bingo!
Não fui eu que "cantei" Bingo!
Porque to eu lá feliz, no bar da faculdade, curtindo ser eu e me divertindo horrores com meus amigos. De repente e não mais, um whats da criatura!!! Qué, Qué, Qué, Qué, Quéeeeeeeuuum!
Não vou transcrever literalmente por respeito, mas foi algo assim: Que loucura é essa? Quer estragar o meu romance? Não quero nada que me lembre você. Só quero a minha namorada agora. Agradeço mas, dispenso. Essa foi a melhor: Você está obcecada em me dar isso, se não fosse essa "pira" toda até ia buscar.
Agora ME imaginem, sentadinha na mesa do bar, cabeça baixa, tentando responder o que não se responde (como explicar sem um texto enorme que você só queria uma chance de mostrar quem é?). Ah ele ainda pediu "sem resenha" (essa frase foi exatamente a mesma). Hahahaha!Tenho que rir... A lágrima me vindo aos olhos! E o naufrágio da minha certeza de fazer a tentativa a que achava que tinha direito naufragar. Ah! e essa frase: Não sei o que é? Será que ele imaginou uma lingerie sexy? Uma bomba caseira? Veneno dentro de uma garrafa de vinho? Caaaaara, era só um carrossel, um idiota de um carrossel, simples, lindo, triste, feliz e inocente carrossel de caixinha de música pintado a mão. A dizer: Isso é tão único! Também somos!
Gosto muito da frase que diz: Não somos melhores nem piores que ninguém, mas somos individuais e únicos sim! Nada nem ninguém, nunca, vai ser igual a quem a gente é.
Pois bem, disse tchau! Ufa! Era o que me restava. Cheguei em casa, peguei a sacolinha do presente, abri no dente, tirei o carrossel da caixinha com vontade de jogar longe, mas, não, me controlei. Coloquei na minha mesinha de cabeceira, vesti meu pijama de presidiária (tenho um!!!!) rodei o carrossel e chorei!"
Tendo ao menos um pensamento, porque não me deixam ao menos provar esse "sapatinho?" Ele serve em miiiim!  Ele ia servir e eu teria meu final feliz de comédia romântica, e ele viria de bike na chuva, e iria finalmente se declarar e eu seria a Cinderela! Ou não, mas nem a chance se saber? Ah vá universo!
Me deem agora um desconto, sou duplamente pisciana. Sei que posso não ser a Cinderela, sou a Dona Treta eu sei, mas acho que mereço meu final feliz!
Passou! Aquelas palavras me fizeram acordar do meu sonho encantado e olhar para minha bota com polaina. Não é de cristal, mas serve. Ela serve, eles ainda não sabem... Pena... Próximo!!!
Ps: Coloquei Megga Hair pra ficar com cabelão! Oh! My!

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